
Segundo a professora Andréa Ventura, a ideia da pesquisa nasceu de sua inquietação sobre como o mundo estava buscando alternativas para enfrentar as mudanças climáticas. Durante seu trabalho de mestrado, ela conheceu vários projetos e ações desenvolvidos para superar os problemas gerados pelas mudanças climáticas no semiárido brasileiro, que, como acontece em todos os semiáridos existentes no mundo, é a área mais vulnerável a essas mudanças.
A partir daí, nasceu o interesse de, na tese de doutorado, mostrar as tecnologias sociais – práticas e processos desenvolvidos com o conhecimento popular – existentes no semiárido brasileiro para enfrentamento das mudanças climáticas. Na tese, foram mapeadas dez dessas tecnologias e provadas suas contribuições para a melhoria da qualidade da população local.
A pesquisa da professora foi elaborada em pouco menos de quatro anos, sendo a maior parte do tempo no Brasil, com busca de tecnologias sociais, visitas de campo e outras etapas. Uma parte foi realizada em uma temporada na Espanha.