
A internacionalização das instituições, especialmente no âmbito do ensino, deixou de ser uma opção para se tornar uma questão de sobrevivência. Atualmente, a oferta do serviço educacional, por exemplo, deve ser desenhada e concebida vislumbrando o contexto multiterritorial, em vez do uniterritorial.
Neste sentido, as universidades se deparam com o desafio de repensar seu papel frente à sociedade, reconhecendo-se como organismos que devem evidenciar o caráter universal do conhecimento e reforçar a premissa de que são atores ativos que se comunicam e formam uma rede de saber universal.
A internacionalização nas universidades se dá, geralmente, através do processo de cooperação acadêmica internacional, processo esse que vem adquirindo fundamental importância e se traduz em ações como a mobilidade de alunos, professores e gestores; programas de duplo diploma; conferência e seminários internacionais; acordos internacionais com redes globais, entre outras.
Contudo, cabe destacar que ações isoladas de cunho internacional não conferem à universidade o caráter de instituição internacionalizada, que é, na verdade, um processo de inclusão da dimensão internacional na estratégia e na cultura organizacional.
O processo de internacionalização deve ser visto como estratégico pela instituição, dispondo de recursos financeiros alocados para viabilizá-lo, do envolvimento de todo o corpo docente e, além disso, sendo acompanhado por um setor específico, que funciona como uma Assessoria de Relações Internacionais, ou ainda uma Comissão para Cooperação Internacional.
No cenário acadêmico baiano, o Centro Universitário Jorge Amado – UNIJORGE é um exemplo de instituição que está trabalhando ativamente no seu processo de internacionalização. Além de fazer parte da maior rede de ensino da América Latina, a Rede Ilumno, a instituição implantou um Escritório Internacional que viabiliza o intercâmbio de alunos e docentes, promove eventos e seminários internacionais, firma convênios de cooperação tecnológica e cientifica com importantes universidades estrangeiras, além de receber em seu campus personalidades de destaque internacional. Nos últimos semestres, por exemplo, o centro universitário recebeu embaixadores, cônsules, além de duas missões da ONU, sempre no intuito de promover a inserção da instituição no cenário acadêmico internacional e viabilizar para o aluno um conhecimento híbrido entre o local e o global.
(Artigo publicado no Jornal A Tarde em 26/05/2015)